domingo, 23 de março de 2008

A PEDRA NEGRA DE FRIGIA - PALCO DE BRINCADEIRAS

Bem essa é segunda peça que assisto desse grupo, a dramaturgia é muito confusa e falta direção, o grupo e esforçado, mas não vi nenhum crescimento de 2006 pra cá, quando os assisti na Mote, espero que saibam que estou falando apenas do que vi no palco, muita falta de estudo me pareceu uma peça de escola, as falas não tinham intenções, eram apenas textos decorados, as transiçoes de cena muito demoradas, e quando tinha cena todos se movimentavam tirando o foco da cena. Espero sinceramente que cresçam pois a cidade precisa de mais grupos de teatro, na minha singela opinião existem apenas 4 grupos que chegam perto de ser realmente um "Grupo" que são, Teatro dos Orelhas, Barca Cênica, Piquenique&Populacho e sem falsa modestia a Trupe de Quintrulhos. Precisamos crescer ainda muito pra dizer que somos um grupo de teatro, mas nesses grupos que sitei uma coisa é comum a busca pela QUALIDADE, que é o que falta em muitos agrupamentos de pessoas que dizem fazer TEATRO.

Um abraço

Sandro Coimbra

2 comentários:

Bruno Bennedetti disse...

Antes de começar, devo esclarecer que não quero tomar partido em defesa ou em ataque a ninguém. Apenas comentarei muito brevemente algo sobre a peça A Pedra Negra da Frígia.
O texto é do jovem dramaturgo Felipe, vulgo Phill e vejo uma qualidade muito bacana no texto. Encontro essa qualidade porque estou contextualizando, afinal é um texto escrito por um jovem que demonstra ter um bom futuro se continuar se dedicando à escrita. Talvez ajam falhas na dramaturgia, mas são problemas que ele poderá facilmente rever.
Sobre a encenação, ainda faltam elementos para concretizá-la, mas não responsabilizo o grupo por isso. Até onde sei, e me corrijam se eu estiver errado, os jovens não tiveram "uma direção", "um olhar externo" que os auxiliasse, esse "olhar" foi compartilhado entre eles próprios e talvez esse seja o desafio.

Diretamente aos amigos do Palco de Brincadeiras:

Vocês estão no caminho, pois existe algo que pulsa, uma paixão que vos cunduz e paixão é o que falta na maioria das pessoas por suas profissões. Se tivessemos mais apaixonados pelas coisas boas da vida, o mundo seria bem melhor.
E se nesse blog a peça de vocês foi comentada é justamente porque vocês são merecedores de respeito e assistência, afinal, temos grupos que não vale nem a pena comentar.

Força, Merda e Vida longa ao Palco de Brincadeiras e seu jovem Dramaturgo Felipe.

Cia Teatral Palco de Brincadeiras disse...

Olá!

Eu, Felipe Cirilo, em nome do Palco de Brincadeiras!
(não, não, assim seria politicismo demais).

Pessoalmente agradeço a presença de Sandro e Bruno na apresentação da Pedra Negra, fiquei feliz em tê-los visto no teatro.

O Palco de Brincadeiras traz uma filosofia bem pessoal, desde Brin-cadeiras Cegas, o primeiro espetáculo do grupo com a professora/diretora Cris Ávila, que foi um enorme aprendizado pra nós enquanto atores/aprendizes e brincantes, descobrimos o quanto podemos falar em cena com uma atitude crítica e o quanto isto pode ser difícil. Uma abordagem do Teatro de Forma Épica.
A Pedra Negra da Frígia é um estudo do teatro épico, um espetáculo com um pé na rua do popular, uma escolha, da forma mais possível, ao grupo, de mostrar, expor tudo aquilo que vemos. Sem tomar um partido, idéia esta passível de insatisfação, conheço pessoas que descartam o teatro que não indica respostas e caminhos. Nós mostramos os fatos inclusive tomando uma atitude que é crítica no sentido da representação das personagens, todos tem suas falhas, de certa forma anti-heróicamente.
Durante a montagem da peça, que levou um ano de leituras e escolhas de pano de fundo, uma fase de idéias-pré-escreveção do texto, passaram pelo grupo muitas pessoas, assim a criação concentrou-se bantante em mim e na Angela, grande parceira. Quando aluna de Calixto na Escola Viva, sempre partilhou comigo os aprendizados (ação contante no gurpo, partilhar).
Novamente pessoalmente, vejo o espetáculo como uma Manifestação Social (manias, festas e ações da sociedade) a nossa maneira. Não queremos uma revolução, somos, numa forma mais minimalista, Revolutivos. Um pouco da revolução com outra parte de ação, um teatro ativo de caras e bocas da sociedade tão ampla, representada pela nossa criação e teatralidade.

Teatralidade. É um aprendizado muito mais que constante, sem um único diretor, dirigimos todos um Sonho Coletivo (Fadel, Georgete. All rights reserved).

O Palco de Brincadeiras convida a ver e ver, porque mostramos. "...os pratos estão na mesa , mas veja o que há na calçada"
Por Guarulhos ou qualquer lugar onde estejam pessoas, nós queremos mostrar.

Muita Merda ao Sandro e a Trupe de Quintrulhos. Muita merda ao Bruno e o Piquenique Classe C e Populacho!

www.palcodebrincadeiras.blogspot.com

Obrigado.


_____________________Felipe Cirilo.